15 de mai. de 2015

Resenha - Livro: Perdão, Leonard Peacock

Foto: Ju Olivera



Hey! Olha quem chegou atrasada. Mas como dizem por aí: antes tarde do que nunca. Bom, entre semanas de provas, jogos escolares e tudo que está me sugando, eu achei um tempinho pra terminar a leitura desse livro. A resenha de hoje é sobre Perdão, Leonard Peacock do Matthew Quick, o mesmo autor de O Lado Bom da Vida.

Leonard Peacock, um adolescente solitário e carente, foi deixado por sua mãe, uma estilista que resolveu passar mais tempo em Nova York por causa de negócios, do que com o seu filho em South Jersey. Seu pai, um astro menor do rock fugiu e ele nunca mais o viu. Leornard resolve no dia de seu aniversário de 18 anos, cometer o que ele chama de homicídio-suicídio. Ele resolve matar o seu ex-melhor amigo Asher Beal e cometer suicídio logo após com uma arma P-38 nazista, que herdou de seu avô. Mas não antes de entregar presentes para seus “amigos”. O primeiro foi o Sr Walt, seu vizinho com quem passa o maior tempo assistindo filmes antigos do Bogart. Em seguida é a vez de Baback, um violoncelista iraniano que estuda em sua escola. Logo após é a vez de Herr Silverman, um professor que leciona sobre o holocausto, que Leonard admira muito. E por ultimo Lauren, uma devota cristã que conseguiu fazer Leonard se apaixonar por ela (ou quase).

 Você é diferente. E eu sou diferente também. Ser diferente é bom. Mas ser diferente é difícil. Acredite em mim, eu sei.

Há algum tempo, em um grupo do WhatsApp, um menino me indicou esse livro e fiquei curiosa para lê-lo. Mês passado resolvi compra-lo e digo que não me arrependo. Apesar de o começo ser um pouco maçante e repetitivo. 

Um ponto muito negativo nesse livro, são as notas explicativas (eu não sei o nome, são as explicações que ficam na parte inferior da página) que são muito grandes. A metade da história é praticamente contada por ali e prejudica muito a leitura. Não sou muito fã da escrita do Matthew. E em minha opinião ele não passa emoção, na verdade eu acho que ele não passa nenhum sentimento. A escrita dele é crua, essa é a palavra que mais se encaixa. 

Pense por si mesmo e faça o que é certo para você, mas permita que os outros façam o mesmo.” 

Agora falando sobre a personagem, eu acredito que o Leonard sofre de um transtorno de dupla identidade ou bipolaridade. Fica explicito no livro essa troca de opiniões repentinas e como ele se sente confuso. Além de ser depressivo e ter sofrido outras coisas. O motivo de ele querer o suicídio é bem óbvio. Aliás, quem iria querer a vida desse garoto? Ele vive de traumas e medos e não tem ninguém que se importe ou que se proponha a entender tudo que se passa com ele. Assim como Leonard existem milhares de outras pessoas assim no mundo, mas ninguém nota.

Minha teoria é a de que perdemos a capacidade de ser felizes a medida que crescemos.” 

O tema do livro é bem forte e eu consigo imaginar uma mente suicida tendo aqueles pensamentos, agindo daquela forma e falando como se nada importasse por que afinal ele não vai estar ali no outro dia. Acho que esse quê de realismo, que deixa o livro interessante. Sem contar das aulas sobre o holocausto, e as citações da segunda guerra são coisas que eu entendo, digamos assim. Ele fala de uma maneira contrariada sobre o holocausto. E a opinião dos colegas dele transparece a realidade da sociedade atual que acabou colocando aquilo na cabeça deles e que obviamente na época da segunda guerra seria bem diferente.

Bom, o livro tem seus prós e contras e talvez não seja pra qualquer um ler. Muitos talvez não vão entender o livro e acharão sem graça, mas muitos vão ver a “magia” e o tema implícito ali.

 “Na maioria das vezes a verdade não importa, e quando as pessoas fazem uma ideia terrível de você, é assim que você será visto, não importa o que faça.

Essa foi a resenha, vocês já notaram que eu sou péssima com assiduidade e nunca se sabe quando terá outra. Espero que tenham gostado e lembrem-se nunca julgue alguém, você nunca sabe o que se passa na cabeça daquela pessoa. Até a próxima.

Beijinhos da Jess xx

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