Foto: Ju Olivera |
Hey! Olha quem chegou atrasada. Mas como dizem por aí: antes
tarde do que nunca. Bom, entre semanas de provas, jogos escolares e tudo que
está me sugando, eu achei um tempinho pra terminar a leitura desse livro. A resenha de
hoje é sobre Perdão, Leonard Peacock do Matthew Quick, o mesmo autor de O Lado Bom da Vida.
Leonard Peacock, um adolescente solitário e carente, foi
deixado por sua mãe, uma estilista que resolveu passar mais tempo em Nova York
por causa de negócios, do que com o seu filho em South Jersey. Seu pai, um
astro menor do rock fugiu e ele nunca mais o viu. Leornard resolve no dia de
seu aniversário de 18 anos, cometer o que ele chama de homicídio-suicídio. Ele
resolve matar o seu ex-melhor amigo Asher Beal e cometer suicídio logo após com
uma arma P-38 nazista, que herdou de seu avô. Mas não antes de entregar
presentes para seus “amigos”. O primeiro foi o Sr Walt, seu vizinho com quem
passa o maior tempo assistindo filmes antigos do Bogart. Em seguida é a vez de
Baback, um violoncelista iraniano que estuda em sua escola. Logo após é a vez
de Herr Silverman, um professor que leciona sobre o holocausto, que Leonard admira muito. E
por ultimo Lauren, uma devota cristã que conseguiu fazer Leonard se apaixonar por ela (ou quase).
“Você é diferente. E eu sou diferente também. Ser diferente é bom. Mas ser diferente é difícil. Acredite em mim, eu sei.”
Há algum tempo, em um grupo do WhatsApp, um menino me
indicou esse livro e fiquei curiosa para lê-lo. Mês passado resolvi compra-lo e
digo que não me arrependo. Apesar de o começo ser um pouco maçante e
repetitivo.
Um ponto muito negativo nesse livro, são as notas
explicativas (eu não sei o nome, são as explicações que ficam na parte inferior
da página) que são muito grandes. A metade da história é praticamente contada por ali
e prejudica muito a leitura. Não sou muito fã da escrita do Matthew. E em minha
opinião ele não passa emoção, na verdade eu acho que ele não passa nenhum
sentimento. A escrita dele é crua, essa é a palavra que mais se encaixa.
“Pense por si mesmo e faça o que é certo para você, mas permita que os outros façam o mesmo.”
Agora falando sobre a personagem, eu acredito que o Leonard
sofre de um transtorno de dupla identidade ou bipolaridade. Fica explicito no
livro essa troca de opiniões repentinas e como ele se sente confuso. Além de
ser depressivo e ter sofrido outras coisas. O motivo de ele querer o suicídio é
bem óbvio. Aliás, quem iria querer a vida desse garoto? Ele vive de traumas e medos e
não tem ninguém que se importe ou que se proponha a entender tudo que se passa
com ele. Assim como Leonard existem milhares de outras pessoas assim no mundo, mas
ninguém nota.
“Minha teoria é a de que perdemos a capacidade de ser felizes a medida que crescemos.”
O tema do livro é bem forte e eu consigo imaginar uma mente
suicida tendo aqueles pensamentos, agindo daquela forma e falando como se nada
importasse por que afinal ele não vai estar ali no outro dia. Acho que esse quê
de realismo, que deixa o livro interessante. Sem contar das aulas sobre o holocausto, e as citações da segunda guerra são coisas que eu entendo, digamos assim. Ele fala de uma maneira contrariada sobre o holocausto. E a
opinião dos colegas dele transparece a realidade da sociedade atual que acabou colocando aquilo
na cabeça deles e que obviamente na época da segunda guerra seria bem diferente.
Bom, o livro tem seus prós e contras e talvez não seja pra
qualquer um ler. Muitos talvez não vão entender o livro e acharão sem graça, mas
muitos vão ver a “magia” e o tema implícito ali.
“Na maioria das vezes a verdade não importa, e
quando as pessoas fazem uma ideia terrível de você, é assim que você
será visto, não importa o que faça.”
Essa foi a resenha, vocês já notaram que eu sou
péssima com assiduidade e nunca se sabe quando terá outra. Espero que tenham
gostado e lembrem-se nunca julgue alguém, você nunca sabe o que se passa na
cabeça daquela pessoa. Até a próxima.
Beijinhos da Jess xx
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